Considerações sobre as relações entre solos e relevo na Mantiqueira norte ocidental

Autores

  • José Pereira de Queiroz Neto Geografia - USP
  • Carlos Roberto Espíndola
  • Hélcio Rocha Galhego

Palavras-chave:

Solos, Relevo, Mantiqueira

Resumo

A Mantiqueira Norte Ocidental, parcela do planalto Atlântico do Estado de São Paulo, apresenta solos com B textural, com B latossólico, litossolos e intergrades associados na paisagem. Suas características morfoanalíticas mostram diferenças tanto no grau de alteração como nos processos pedogenéticos. Após considerações a respeito das interpretações que são dadas a esses solos, tanto geneticamente como posição cronológica e relações com o relevo em todo o Estado de São Paulo, foram levantados os principais aspectos que apresentam nessa porção do território paulista. As interpretações baseiam-se na análise dos documentos cartográficos: mapa de solos, mapa geológico e cartas topográficas. As principais conclusões são: 1. Os solos com B latossólico ocorrem em zonas colinosas, recobertas por formações superficiais espessas, e representam alterações iniciadas pelo menos no Plio-Pleistoceno e evolução pedogenética talvez correlata. 2. Os solos com B textural, bem como os litossolos, ocorrem em áreas de relevo mais movimentado, verdadeiras zonas de exportação de materiais durante boa parte do Pleistoceno. Ocorrem sobre formações superficiais de transporte, menos espessas, cuja estabilidade nas vertentes, para que os processos pedogenéticos se fizessem sentir, correlaciona-se com o Pleistoceno superior.

A Mantiqueira Norte Ocidental, parcela do planalto Atlântico do
Estado de São Paulo, apresenta solos com B textural, com B latossólico,
litossolos e intergrades associados na paisagem. Suas características morfoanalíticas mostram diferenças tanto no grau de alteração como nos processos pedogenéticos.
Após considerações a respeito das interpretações que são dadas a esses
solos, tanto geneticamente como posição cronológica e relações com o relevo
em todo o Estado de São Paulo, foram levantados os principais aspectos que
apresentam nessa porção do território paulista. As interpretações baseiam-se
na análise dos documentos cartográficos: mapa de solos, mapa geológico e
cartas topográficas. As principais conclusões são:
1. Os solos com B latossólico ocorrem em zonas colinosas, recobertas por
formações superficiais espessas, e representam alterações iniciadas
pelo menos no Plio-Pleistoceno e evolução pedogenética talvez correlata.
2. Os solos com B textural, bem como os litossolos, ocorrem em áreas
de relevo mais movimentado, verdadeiras zonas de exportação de
materiais durante boa parte do Pleistoceno. Ocorrem sobre formações
superficiais de transporte, menos espessas, cuja estabilidade nas vertentes
, para que os processos pedogenéticos se fizessem sentir, correlaciona-se com o Pleistoceno superior.

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Publicado

2017-09-28

Como Citar

Queiroz Neto, J. P. de, Espíndola, C. R., & Galhego, H. R. (2017). Considerações sobre as relações entre solos e relevo na Mantiqueira norte ocidental. Boletim Paulista De Geografia, (58), 65–86. Recuperado de https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1037

Edição

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