A economia da América

Autores

  • Manoel F. G. Seabra Geografia - USP

Palavras-chave:

Economia, América

Resumo

O texto apresenta e discute os seguintes pontos:  — a caracterização geral dos mecanismos de intercâmbio desigual, analisando os casos excepcionais do Brasil, Argentina e México;  — faz um balanço analítico da teoria da dependência, seus alcances e  seus limites; bem como os mecanismos da acumulação capitalista em países  ditos não desenvolvidos ou dependentes;  — analisa a economia dos Estados Unidos após a segunda guerra mundial, que resulta na observação: a diferenciação geográfica dos Estados Unidos é devida ao próprio desenvolvimento do capitalismo. Comenta as teorias  de Celso Furtado e Lipietz.  — Comenta sobre o valor e os mecanismos de formação do intercâmbio  desigual (o espaço se estrutura como produto e como condição) .  — Analisa o poderio Americano, suas origens e permanência, a partir  da segunda guerra mundial, e o processo de mundialização do capital .  Revê o histórico das relações dos Estados Unidos com a América Latina.  O processo de industrialização e as novas formas assumidas pelas grandes empresas industriais americanas e suas consequências.  — a lógica da dispersão dos investimentos;  — a lógica do ciclo do produto;  — a lógica da tecnologia de ponta;  — a crise e a concorrência externa a redivisão dos mercados mundiais   (ao nível interno a liquidação do projeto americano da “grande sociedade” );  a homogeneização interna dos Estados Unidos; a redistribuição territorial das  atividades económicas. A dispersão e concentração, e os problemas políticos  daí decorrentes.  Algumas questões de ordem teórica dentro da geografia são colocadas.  Na parte que trata da industrialização da América Latina apresenta;  — críticas e comentários às perspectivas de Wilson Cano, Antonio Barros  de Castro e Celso Furtado;  — uma crítica à posição de Samir Amin a partir de sua análise do processo de substituição de importações em países dependentes (a análise de  Amin não dá para ser aplicada em países como o Brasil) .  — uma análise do desenvolvimento em geral e do industrial em particular a partir das reflexões de Lipietz (economia voltada para o exterior) .  Em seguida parle para a análise do caso brasileiro:  — a desarticulação da economia no século XIX, onde cada região do  país tinha contato direto com o exterior ,;  — a penetração do capitalismo industrial;  — as desigualdade regionais;  — a integração de todo o território brasileiro numa economia de mercado tendo como causa a industrialização;  — a contrapartida teórica: o marginalismo;  — a crítica do marginalismo pela teoria do desenvolvimento desigual;  — O caso específico da Amazônia;  —- a tendência à homogeneização criada à partir do predomínio do  capital monopolista;  — a partir da estruturação interna do país, discute o conceito de região  e sua dimensão política.  Como conclusão:  — a região formada pelos países latino americanos não pode ser entendida historicamente como a região norte americana. Ela tem outro conteúdo  social e político porque tem outro conteúdo económico.  — analisa a formação da ALALC e do Mercado Centro Americano comparando-os com . Mercado Comum Europeu, e os interesses das multinacionais.  — O caso do nordeste brasileiro é estudado, a atuação da Sudene, as  relações do nordeste com as outras partes do território brasileiro.  — que existe unia crise social profunda e que a sua “resolução” faria  avançar o processo de transformação do país*  

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Publicado

2017-09-27

Como Citar

Seabra, M. F. G. (2017). A economia da América. Boletim Paulista De Geografia, (59), 115–160. Recuperado de https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1031

Edição

Seção

Artigos