Pequenas cidades e centralidades geográficas no Salgado Paraense
uma análise a partir da pesca artesanal em Vigia, Curuçá e Marapanim - PA
DOI:
https://doi.org/10.54446/bcg.v14i1.3127Palavras-chave:
Pequenas cidades, Centralidade Socioterritorial, Pesca Artesanal, Amazônia, Rede UrbanaResumo
A marginalização da região do Salgado Paraense ao longo dos principais contextos econômicos da Amazônia, contribuiu para uma formação socioespacial muito particular. A inserção das cidades de Vigia, Curuçá e Marapanim, em vista da multidimensionalidade da pesca, assume um caráter de complexidade na rede urbana. O objetivo do artigo é analisar a maneira como essas pequenas cidades participam da rede urbana a partir da pesca artesanal, atividade expressa em múltiplas centralidades. A metodologia se deu pela revisão bibliográfica de cunho histórico-geográfico e de caráter teórico com vistas ao ajustamento da pesquisa aos conceitos abordados, além da realização de trabalhos de campo nas três cidades. A hipótese apresentada é de que essas pequenas cidades participam da rede urbana de maneira complexa, onde apenas o esquema de sua inserção pela centralidade econômica é insuficiente em vista da formação socioespacial da região, principalmente ao considerar a pesca como atividade multidimensional, compreendendo as cidades em questão no âmbito da centralidade socioterritorial.
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