Cracolândia: a heterotopia de um espaço público
DOI:
https://doi.org/10.54446/bcg.v5i2.221Resumo
Este artigo usa a noção de heterotopia criada por Michel Foucault para interpretar as conexões entre corpo e espaço público na área popularmente conhecida como Cracolândia, situada no Centro da cidade de São Paulo. A co-presença conflituosa de usuários de drogas, moradores de rua, policiais, comerciantes e proprietários em uma área simultaneamente central em sua posição, mas periférica em relação ao fluxo de capital e ao mercado imobiliário, fornece as condições para que se configure um tipo de espaço que é nomeado e vivenciado por um conjunto de necessidades: dependência de drogas, pobreza e vida cotidiana. O objetivo aqui é revelar que, mais do que propriamente um espaço da violência, a Cracolândia representa um espaço imoral e marginal da sociedade paulistana. Por intermédio desta imoralidade e marginalidade, seria possível renovar, ampliar e rediscutir as formas e sentidos da política na cidade.
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