A presença das grandes empresas do agronegócio nos cerrados nordestinos: o caso da Bunge Alimentos no sul do Piauí
DOI:
https://doi.org/10.54446/bcg.v2i2.65Resumo
Busca-se, neste artigo, discutir a presença das grandes empresas do setor agroalimentar nos cerrados nordestinos, especialmente, a presença da Bunge Alimentos no estado Piaui. A partir da análise da concentração de capital empreendida pelas grandes empresas hegemônicas, busca-se entender os mecanismos criados por elas para a dominação da cadeia produtiva do complexo agroindustrial centrado na produção de grãos. Tomando como exemplo a presença da Bunge Alimentos nos cerrados do sul do Piauí, tenta-se verificar de que maneira a empresa alterou substancialmente as relações de comercialização de produtos oriundos da agricultura moderna na região, na medida em que atua instituindo formas de monopolização na compra de soja, na venda de fertilizantes para os agricultores e, ainda, no financiamento das safras. Esses fatores são responsáveis pelo crescimento, nos últimos anos, das lavouras de grãos e pela submissão dos produtores agrícolas modernos aos interesses da grande empresa na região. A instalação da Bunge Alimentos nos cerrados do sul do Piauí significou também o aumento de problemas ambientais e o desaparecimento dos meios de reprodução da vida das populações locais.Downloads
Publicado
31/08/2012
Como Citar
Lemos Alves, V. E. (2012). A presença das grandes empresas do agronegócio nos cerrados nordestinos: o caso da Bunge Alimentos no sul do Piauí. Boletim Campineiro De Geografia, 2(2), 241–261. https://doi.org/10.54446/bcg.v2i2.65
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