A oralidade como gênero discursivo-textual: possibilidades e contribuições para pensar o ensino de geografia articulado à leitura e à escrita na educação básica
Keywords:
oralidade, leitura e escrita, Ensino de Geografia, Sequência Didática, elaboração de conceitos.Abstract
Este artigo é sobre a importância da oralidade enquanto gênero discursivo-textual para o ensino de Geografia na Educação Básica e sua relação com a leitura e a escrita. O Ensino de Geografia não tem sido pensado a partir da centralidade da fala do aluno o que exige considerarmos a sua relação com a leitura e a escrita, por meio de interfaces e aproximações de fronteiras teóricas diversas, como a Teoria da Experiência de Aprendizagem Mediada, da Psicologia da Aprendizagem, da Linguística, da Filosofia da Linguagem e do paradigma da complexidade para uma compreensão para além dos aspectos comunicacionais, que contemple a aquisição de instrumentos psicológicos superiores mediados pela fala e, consequentemente o desenvolvimento de pensamentos por conceitos e a formação discursiva do aluno enquanto sujeito. Ainda que discussões de aspectos ligados ao processo de aprendizagem e uso da língua, como a importância da oralidade, sejam inicialmente desconhecidas por professores de Geografia, julgamos que sejam necessárias, pois se constituem como a plataforma mais efetiva de ensino e aprendizagem da própria Ciência, ao favorecer o desenvolvimento de níveis mais elevados de pensamento abstrato. Frente ao desafio de ensinar Geografia articulado ao desenvolvimento da oralidade concebida dentro de um contínuo com a leitura e a escrita buscamos por meio de uma perspectiva sociocultural de desenvolvimento humano novas análises que subsidiem prospecções de um ensino que apoie os alunos em seus processos de elaboração, organização e expressão de enunciados e de conceitos, levando-os juntamente com a leitura e a escrita a pensar de maneira contextualizada e complexa acerca da “terra dos homens” (CLAVAL, 2010).
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