Boletim Paulista de Geografia https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista <p><span style="font-weight: 400;">O </span><em><span style="font-weight: 400;">Boletim Paulista de Geografia</span></em><span style="font-weight: 400;"> (BPG), publicado desde 1949 pela Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Local São Paulo (AGB-SP), é uma das revistas científicas mais antigas da geografia brasileira. Ao longo das sete décadas de existência, o BPG não só reflete o trabalho da nova geração de geógrafas e geógrafos, mas também preserva um importante acervo de textos históricos para o pensamento geográfico no Brasil. Reconhecida pela CAPES com classificação Qualis A1 (2017-2020), o BPG atualmente publica manuscritos inéditos, resenhas, entrevistas, notas, dossiês temáticos, traduções e relatos de campo, buscando sempre fomentar debates teóricos e metodológicos. </span></p> <div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile"> <div class="wp-block-media-text__content"> <div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile"> <div class="wp-block-media-text__content"> <p><span style="font-weight: 400;">ISSN: 2447-0945</span></p> <p>ISSN: 0006-6079</p> <p><strong>Sobre a Política Editorial do BPG</strong></p> <p>Em alinhamento com as diretrizes de ética e integridade na prática científica, conforme estabelecido pelo <a href="https://www.gov.br/cnpq/pt-br/composicao/comissao-de-integridade">Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)</a>, o BPG adota práticas editoriais que asseguram a integridade acadêmica em todas as etapas do processo de publicação.</p> <p>A Política Editorial do Boletim Paulista de Geografia foi construída pelo Coletivo de Publicações da Diretoria Executiva Local (Gestão Além do espaço/2024-2026) a partir das reflexões e proposições construídas pela AGB, especialmente elaboradas durante o <a href="https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3638" target="_blank" rel="noopener">II Fórum de Editores</a> realizado em julho de 2024.</p> <p>Tal Política Editorial após longo debate pelo Coletivo foi apresentada e aprovada na <a href="https://drive.google.com/file/d/1AzbT54qG2-anccUB_RsXY65N1OsmC6M9/view" target="_blank" rel="noopener">Assembleia Geral Local da Seção Local São Paulo</a>, no dia 12 de fevereiro de 2025. Passando a orientar o BPG a partir dessa data.</p> <p><span style="font-weight: 400;">-----------------------------------------------------------------------</span></p> <p><em><strong>Aviso</strong></em></p> <p><em>O Boletim Paulista de Geografia (BPG), é uma revista vinculada a AGB São Paulo. Em função da transição de gestão no Coletivo de Publicações da Seção Local, o nosso periódico está passando por uma reformulação.</em></p> <p><em>Por isso, <strong>as submissões estão suspensas</strong> e retornarão tão logo essa transição seja concluída.</em></p> <p><em>Agradecemos à compreensão e convidamos todas as pessoas interessadas em contribuir com a Revista e outras pautas, a participarem das atividades da AGB São Paulo.</em></p> <p><em><a href="https://agbsaopaulo.org.br/" target="_blank" rel="noopener">Clique aqui e saiba mais!</a></em></p> <p><span style="font-weight: 400;">-----------------------------------------------------------------------</span></p> </div> </div> </div> </div> AGB - Seção Local São Paulo pt-BR Boletim Paulista de Geografia 0006-6079 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p><p>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p><div>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</div><div> </div><div>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</div> A ficcionalização do espaço https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3677 <p>Tendo em conta a crise global do capitalismo que redefine as formas pelas quais a reprodução social se processa no contemporâneo, este texto se propõe a compreender a atualidade da categoria espaço – e da produção do espaço – no que concerne à territorialização do capital nas frentes de expansão da agroindústria no Brasil. Se esse processo hodiernamente é calcado em estratégias que visam a acumulação pela via da inflação de títulos de propriedade – lógica própria à reprodução do capital fictício –, argumentamos que tal ficcionalização implica em uma ficcionalização da produção do espaço. Nesse percurso, recorremos à História do Pensamento Geográfico com vistas a, por um lado, demonstrar a historicidade da produção do espaço em íntima associação com o processo de modernização capitalista e, por outro, demonstrar como certo fetichismo teórico tributário das raízes positivistas da ciência geográfica limita as possibilidades de compreensão das contradições (im)postas pelo capital. Movimento que nos fornecerá as bases para apreender como, se na fase ascendente da modernização ocorreu uma ultrapassagem da produção de mercadorias parcelares no espaço para uma produção do espaço enquanto tal, no atual momento histórico uma nova ultrapassagem pode estar em curso: a da produção do espaço para a ficcionalização deste, processo que pode ser compreendido de forma privilegiada a partir da territorialização do capital agroindustrial no Brasil.</p> Frederico Rodrigues Bonifácio Copyright (c) 2025 Frederico Rodrigues Bonifácio https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 7 35 10.61636/bpg.v1i113.3677 Geoecologia da Paisagem https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3650 <p>Os conceitos de sistema e paisagem orientam diversas pesquisas em Geografia, com abordagem integradora para análises e diagnósticos, especialmente nos estudos ambientais. Embora inicialmente desenvolvidos de forma independente, esses conceitos foram posteriormente integrados, como na elaboração teórica de ecossistema e de geossistema. A partir dessas formulações, surgiram abordagens interdisciplinares, como a Geoecologia da Paisagem, que, no contexto russo-soviético, incorporou o geossistema como parte central dos estudos. Contudo, os aspectos históricos e teóricos relacionados ao desenvolvimento da Geoecologia da Paisagem pela Geografia permanecem pouco discutidos, sobretudo o contexto de transição do campo da ecologia para a Geografia, iniciada na Eurásia e difundida na América Latina e no Brasil. Dada a complexidade e a evolução multifacetada desse campo, é importante não apenas reconhecer os conceitos envolvidos, mas também entender suas conexões a partir de uma perspectiva histórico-analítica. Com ênfase nas interações entre sociedade e natureza, a Geoecologia da Paisagem atualmente oferece um conjunto de ferramentas teórico-metodológicas voltadas ao planejamento e gestão ambiental. Embora originada em estudos ecológicos, essa abordagem ampliou seu escopo ao incorporar a teoria dos geossistemas nos estudos de paisagem, o que tem contribuído para avaliações ambientais. Nessas avaliações questões diversas são abordadas pela articulação entre componentes naturais e culturais, promovendo uma visão integradora dos sistemas ambientais, evitando abordagens reducionistas, especialmente em contextos de alta complexidade.</p> André dos Santos Ribeiro Regina Célia de Oliveira Copyright (c) 2025 André dos Santos Ribeiro, Regina Célia de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 36 62 10.61636/bpg.v1i113.3650 Os movimentos espaciais e de preços de moradias em Belo Horizonte entre 2009 e 2022 https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3620 <p>Este trabalho tem como objetivo analisar os movimentos recentes dos preços de vendas de apartamentos em Belo Horizonte e investigar possíveis processos de gentrificação e suas características. Para isso, a pesquisa utilizou uma Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e o método estatístico I de Moran Local, aplicados a dados de vendas de apartamentos na cidade, obtidos a partir dos registros de pagamento do ITBI. Os resultados revelaram uma forte segregação socioespacial na cidade, com pouca movimentação de moradias nos segmentos de mercado voltados para as classes mais abastadas, concentradas principalmente na região Centro-Sul e na Pampulha. Entretanto, observou-se um significativo espraiamento de segmentos voltados para a classe média, com ocupação dos últimos grandes vazios urbanos municipais. Destaca-se o caso do bairro Diamante, na regional Barreiro, que apresentou uma ocupação inédita por moradias direcionadas a esse segmento em um vazio urbano cercado majoritariamente por bairros de baixa renda e algumas favelas. Assim, os resultados da pesquisa apontam para movimentos semelhantes aos processos de reestruturação urbana e formação de “<em>rent gaps</em>” descritos por Neil Smith. Além disso, mostram que, com a intensificação de Belo Horizonte como centralidade metropolitana e o espraiamento da classe média pela cidade, o acesso à moradia pelas populações mais pobres, pela via formal, se torna cada vez mais difícil.</p> Ícaro Neri Pereira de Souza Ricardo Alexandrino Garcia Copyright (c) 2025 Ícaro Neri Pereira d e Souza; Ricardo Alexandrino Garcia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 63 94 10.61636/bpg.v1i113.3620 Formação docente e didáticas das geografias https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3607 <p>No Brasil, a formação docente em Geografia não incorporou as relações aprofundadas com a Didática. Desde Comenius, por sua vez, essa teoria do ensino e para a aprendizagem não assimilou a linguagem como um dos seus elementos constitutivos ao lado do processo didático, das metodologias de ensino, dos recursos didáticos, da aprendizagem e da avaliação. Neste sentido, analisa-se como a formação docente tem sido posta em Geografia, no século XXI, a partir dos modelos de pensamento teóricos e metodológicos geográficos referido as suas didáticas específicas, situando nelas, o lugar da linguagem. Trata-se de pesquisa e revisão bibliográficas, tendo como recorte temporal os anos de 2000 até 2024. Selecionaram-se estudos relevantes, a partir do Google acadêmico e Periódicos Capes, além de periódicos qualificados, que tratam diretamente do tema da formação docente inicial ou continuada na Geografia, seja em seus títulos, resumos ou palavras-chaves. Os resultados indicam uma baixa relação entre a formação docente, seja inicial ou continuada, e a Didática, além disso, observa-se a ampla utilização da função de informação ou de representação da linguagem. Por conseguinte, é reduzida a menção e a discussão sobre a linguagem em sua função comunicativa entre os sujeitos da educação. Sugere-se, a inserção das diferentes funções da linguagem, mediante a centralidade do agir comunicativo orientado para a construção de entendimento ao modo de uma didática na e para a Geografia.</p> Rosalvo Nobre Carneiro Copyright (c) 2025 Rosalvo Nobre Carneiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 95 119 10.61636/bpg.v1i113.3607 Corporações e usos informacionais do território https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3571 <p>Os usos da informação na globalização têm se tornado cada vez mais presentes, impactando territórios e criando novos agentes na configuração do espaço. Destacam-se, entre eles, aqueles ligados ao uso intensivo da informação, tais como as empresas de consultoria e auditoria. Dentre elas, focamos em investigar o papel do grupo denominado de "Big Four". Tratam-se das quatro maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo: PwC (antiga PricewaterhouseCoopers), Deloitte, EY (antiga Ernst &amp; Young) e KPMG. Sua crescente influência abrange análises de mercado, formulação de estratégias de desenvolvimento regional, análise de banco de dados, assessoria em privatizações e outras funções que, se consideradas em seu conjunto, têm implicações profundas na divisão técnica, social e territorial do trabalho contemporâneo. A partir de análises quantitativas e qualitativas, investigamos a topologia dos escritórios das “Big Four” no Brasil e sua relação com os nós dinâmicos da rede urbana. É por meio da localização nos nós de maiores densidades técnicas que essas empresas conseguem comandar todo o território, tendo como efeito o controle de amplos circuitos espaciais produtivos. Portanto, as empresas de consultoria e tecnologia da informação contemporâneas são agentes-chave na criação de um novo mapa da geografia econômica global, moldando a maneira como as economias interagem. Os resultados da pesquisa mostram uma estreita relação entre a presença dessas empresas em cidades estratégicas e os fluxos informacionais e de gestão que circulam na rede urbana brasileira, assim como sua crescente importância nas articulações do planejamento territorial por meio de um uso corporativo do território.</p> Brenda Rutchay da Silva Maia Sérgio Henrique de Oliveira Teixeira Copyright (c) 2025 Brenda Rutchay da Silva Maia, Sérgio Henrique de Oliveira Teixeira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 120 142 10.61636/bpg.v1i113.3571 Mapeamento da temperatura superficial terrestre (TST) associada ao uso e cobertura da terra na Área de Influência Indireta (AII) do Porto Sul, Bahia https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3550 <p>O presente trabalho possui objetivo de compreender como as mudanças nas formas de uso e cobertura da terra e os impactos resultantes da implementação do empreendimento portuário Porto Sul localizado no distrito de Aritaguá II, zona norte do município de Ilhéus, Bahia, afetam a dinâmica da Temperatura Superficial Terrestre na sua Área de Influência Indireta (AII). Dessa forma, para a implementação do Porto Sul, a área total de vegetação a ser suprimida na Área Diretamente Afetada (ADA) é de 576,87 hectares, sendo o material lenhoso total suprimido de 187.818.40 m3. Para isto, foram utilizadas as imagens do produto SLSTR do satélite Sentinel -3, entre os anos de 2018 a 2023. Assim, foi possível estimar que no ano de 2023 na AII do Porto Sul foi registra a maior temperatura de 40,8ºC. Os anos de 2020 e 2021 apresentaram as menores temperaturas em função do fenômeno da La Niña, que provocou um grande índice pluviométrico, deixando a superfície mais úmida. Correlacionando as variáveis formação florestal, áreas antropizadas e temperatura, constatou-se que à medida em que a área florestal diminui e a área antropizada aumenta, proporcionalmente a temperatura também aumenta. Destarte a presença dos parques estaduais e da reserva biológica contribuíram substancialmente para as menores temperaturas, sendo um indicativo da conservação florestal.</p> João Gabriel de Moraes Pinheiro Gil Marcelo Reuss Strenzel Copyright (c) 2025 João Gabriel de Moraes Pinheiro, Gil Marcelo Reuss Strenzel https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 143 166 10.61636/bpg.v1i113.3550 Uso Corporativo do Território e os Desdobramentos da Extração de Sal-gema em Maceió – Alagoas https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3539 <p>O processo de extração de sal-gema na cidade de Maceió se configura em um uso corporativo do território, que se desdobrou, após longos anos de exploração de sal-gema, em um processo de subsidência geológica que atingiu cinco bairros da capital alagoana. Este evento impactou a vida de várias famílias na área afetada, que, de forma arbitrária, deixaram seus domicílios para viver em outras localidades da cidade, inclusive fora do município de Maceió. Foram de diversas ordens os impactos gerados, tanto para aqueles atingidos de maneira direta quanto para os moradores da cidade de Maceió. Posto isto, as finalidades do presente estudo consistiram em aprofundar a discussão sobre os usos corporativos do território a partir da extração mineral e avaliar a opinião da população de Maceió sobre os desdobramentos provocados pelo processo de subsidência e deslocamento forçado das famílias residentes na área afetada. Para tanto, em busca de solucionar os questionamentos relacionados ao evento, foram realizados os procedimentos metodológicos a seguir: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. Os resultados obtidos apontaram para um baixo interesse dos residentes entrevistados em assuntos relacionados ao meio ambiente, e, apenas 53,6% dos participantes da pesquisa que residiam fora da área afetada pela subsidência acreditaram ter sofrido algum tipo de impacto com a tragédia socioambiental.</p> José Anderson Farias da Silva Bomfim Melchior Carlos do Nascimento Copyright (c) 2025 José Anderson Farias da Silva Bomfim; Melchior Carlos do Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 167 189 10.61636/bpg.v1i113.3539 Temperaturas do ar versus uso e ocupação do solo https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3523 <p>A pesquisa investiga as relações existentes entre as temperaturas do ar e o uso e ocupação do solo, no limite municipal de Cajazeiras-PB. Foram utilizados os valores mensais das temperaturas máximas, médias e mínimas obtidas do TerraClimate, considerando o período de estudo, que está compreendido entre janeiro de 1990 e dezembro de 2020. Para a comparação com uso e ocupação, foram usadas as informações provenientes do MapBiomas. Na validação dos dados do TerraClimate, recorreu-se aos registros de oito estações do INMET próximas à área de estudo, as quais apontaram que esta fonte, quando empregada para as análises das temperaturas em maiores escalas, é confiável. As principais métricas estatísticas utilizadas, ao nível de α = 0,05, foram: Coeficiente de Determinação (R²); Coeficiente de Correlação de Spearman (<em>ρ</em>); e teste de Mann-Kendall (<em>τ</em>). Os resultados indicaram que, de acordo com a resposta da técnica <em>τ</em>, não é possível afirmar, categoricamente, que as mudanças na superfície de Cajazeiras já estão ocasionando um significativo aumento das suas temperaturas do ar. Entretanto, houve mudanças notáveis na cobertura do solo na área de estudo e um alto grau de significância foi encontrado na correlação <em>ρ</em> entre temperaturas e uso e ocupação do solo. Essas correlações foram positivas para as classes “Urbanização” e “Agricultura”, e negativas para a classe “Vegetação”, destacando a importância da preservação de áreas naturais para manutenção das condições térmicas locais.</p> Teobaldo Gabriel de Souza Júnior Daisy Beserra Lucena Rafaella de Lima Roque Copyright (c) 2025 Sr. Teobaldo, Sra. Daisy, Sra. Rafaella https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 190 220 10.61636/bpg.v1i113.3523 Percepciones aurales, sensoriales, táctiles y visuales en torno a una esquina tanguera emblemática https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3517 <p>En este trabajo busco explorar una esquina tanguera emblemática desde una perspectiva aural y sónica, y no solamente visual o imagenética. La esquina en cuestión está ubicada en el barrio de Boedo (Ciudad Autónoma de Buenos Aires) y fue inmortalizada en el tango “Sur” compuesto en 1948 por Aníbal Troilo en la melodía y Homero Manzi en la letra. A partir del artículo ‘Sound and the Geographer’ de Douglas Pocock (1989) y en especial, la metodología ‘soundwalk’ creada por el musicólogo canadiense Raymond Murray Schafer, pretendo indagar sobre la percepción auditiva y la dimensión sonora en la geografía. Esta metodología fue utilizada por el arquitecto Loïc Hamayon en 1980 cuando realizó el paseo uniendo dos plazas de la ciudad de París, en la cual recoge información sobre el nivel de sonidos, tipología sónica de la arquitectura, visualización gráfica. El propósito de este artículo, entonces, es extrapolar esta metodología al barrio de Boedo para poder analizar, mediante el registro audiovisual, fotográfico y sonoro, el trayecto desde mi domicilio hasta la esquina en donde está localizado el bar y restaurante Esquina Homero Manzi. Esta esquina es, tal vez, una de las direcciones más representativas del tango del siglo XX y actualmente, es todo un ícono tanguero.</p> Agustin Arosteguy Copyright (c) 2025 Agustin Arosteguy https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 221 242 10.61636/bpg.v1i113.3517 Dinâmicas socioespaciais potencialmente induzidas pela implantação do projeto do Rodoanel da RMBH https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3509 <p>Tendo-se como objeto o Projeto do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o trabalho visa discutir como tal infraestrutura tende a estabelecer dinâmicas socioespaciais heterogêneas neste território. Em termos metodológicos, foram realizados mapeamentos sobre um conjunto de bases de dados, somados a levantamentos de campo voltados à compreensão atual desta espacialidade, bem como ao estabelecimento de cenários tendenciais. O primeiro conjunto de análises aborda como a produção do espaço tem sido conduzida no capitalismo contemporâneo enquanto fronteira estratégica para a acumulação. Em um contexto cuja implantação de infraestruturas ocorre de modo desigual, a melhoria das condições de fluxos rodoviários pode se tornar diferencial para o surgimento de novas centralidades ou para o fortalecimento daquelas existentes. O segundo conjunto estabelece uma leitura sobre a estrutura produtiva industrial da RMBH, cuja configuração atual remonta à década de 1970, e suas relações com o Rodoanel. No terceiro conjunto são mapeadas áreas de maior tensionamento, cuja implantação da via tende a intensificar dinâmicas socioespaciais, sobretudo em áreas ambientalmente sensíveis e com carências de infraestruturas. Quanto aos resultados, identificou-se que o Rodoanel da RMBH tende a favorecer centralidades existentes, sobretudo aquelas estabelecidas a partir da Regional Centro-Sul de Belo Horizonte. Paralelamente, a estrutura produtiva metropolitana seria pouco impactada ou transformada, dado o seu nível de estagnação e às articulações esparsas com a via proposta. Por fim, verificou-se que determinadas áreas socialmente e ambientalmente mais frágeis, marcadas por carências de infraestruturas, tendem a ser adensadas após a implantação do Rodoanel. </p> Leandro de Aguiar e Souza Copyright (c) 2025 Leandro de Aguiar e Souza https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 243 272 10.61636/bpg.v1i113.3509 Comparação entre o tempo de concentração estimado pelo método cinemático NRCS e as equações empíricas em duas microbacias urbanas de Marechal Cândido Rondon (PR) https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3432 <p>O objetivo do trabalho é estimar o tempo de concentração (Tc) de duas microbacias urbanas pelo método cinemático NRCS e compará-lo com valores de Tc calculados pelas equações empíricas mais comumente utilizadas na literatura. As microbacias estão situadas na sede urbana de Marechal Cândido Rondon, região Oeste do Paraná e fazem parte da cabeceira dos córregos Guará e Borboleta, denominadas neste trabalho de ponto Unioeste e Peixe Frito respectivamente. O Tc obtido pelo método cinemático NRCS e as equações empíricas foram comparados mediante o erro porcentual objetivando conhecer os métodos empíricos que forneceram os resultados mais próximos com o método cinemático, tido como referência. Os resultados obtidos mostram que a maioria das equações empíricas tenderam a subestimar ou superestimar em diversas magnitudes o Tc em comparação com os valores estimados pelo método cinemático NRCS. Esta tendência foi observada em equações empíricas de aplicação tanto em bacias rurais como urbanas. Nenhum método empírico se destacou em ambas as cabeceiras. As duas microbacias apresentaram alto grau de urbanização (&gt;90%), entretanto suas características morfométricas são diferentes, a microbacia Unioeste apresenta menor declividade e forma ovalada, enquanto a microbacia Peixe Frito possui maior declividade e forma muito alongada. Estas condições de urbanização e morfometria ensejaram o destaque das equações do Corps Engineers, Desbordes e McCuen (de aplicações rural, urbana e urbana respectivamente) no ponto Unioeste e as fórmulas de Carter, Picking e Kirpich (fórmulas urbana, rural e rural respectivamente) no ponto Peixe Frito.</p> Oscar Vicente Quinonez Fernandez Henrique da Silva Pizzo Copyright (c) 2025 Oscar Vicente Quinonez Fernandez, Henrique da Silva Pizzo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 273 289 10.61636/bpg.v1i113.3432 A inclusão de tecnologias no currículo de geografia https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3431 <p>O artigo em questão apresenta as potencialidades e os recorrentes desafios da inserção das ferramentas tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem em Geografia, uma vez que há mudanças significativas na sociedade nos últimos anos, tal como a evolução tecnológica e sua inserção no meio escolar, em que muitas vezes se dá de forma não planejada pelo corpo docente. O texto segue um enfoque qualitativo com base em leituras sistemáticas sobre o tema e documentos legislativos educacionais, tais como PNE e PCN. O trabalho torna-se importante em razão da necessidade de se discutir com mais intensidade os avanços e transformações das tecnologias na sociedade que afetam o setor educacional, e por apresentar informações importantes para as mudanças no campo curricular da Educação Básica atrelada às ferramentas digitais. Diante disso, tem-se como objetivo geral apresentar como são abordadas e inseridas as tecnologias no currículo de Geografia nos documentos legais, e como objetivos específicos: i) discutir como as tecnologias estão inseridas no PNE e PCN de Geografia; ii) discutir as possibilidades de inserção das novas tecnologias no currículo de Geografia, dado a diversidade de recursos disponíveis atualmente; e iii) caracterizar os desafios da inclusão das tecnologias no ensino de Geografia. Portanto, a inclusão de tecnologias apresentam-se como sendo grandes potencializadoras no ensino de geografia, por proporcionarem acesso em tempo real de informações, personalização no ensino, observação e análise do espaço geográfico, aprendizagem interativa, desenvolvimento de competências e habilidades digitais. Porém, precisa-se haver maior debate no campo curricular, com o propósito de nortear e melhorar o processo de ensino-aprendizagem.</p> Marcos Gomes de Sousa Alda Cristina de Ananias Araújo Armstrong Miranda Evangelista Copyright (c) 2025 Marcos Gomes de Sousa, Alda Cristina de Ananias Araújo, Armstrong Miranda Evangelista https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 290 309 10.61636/bpg.v1i113.3431 Viajantes naturalistas na Amazônia https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3387 <p>Este artigo investiga os relatos de viajantes que exploraram a Amazônia, uma região frequentemente vista como "selvagem" e "não civilizada". Ao longo dos séculos, cronistas, exploradores, cientistas e outros personagens criaram representações dessa região através de cartas, relatórios, relatos de viagens e outros escritos, forjando uma imagem do espaço amazônico e de seus habitantes. A partir dessas narrativas, os povos da Amazônia foram retratados por meio de estereótipos e concepções racistas, sendo vistos como bárbaros ou selvagens, em contraste com os "civilizados". A Amazônia foi, por muito tempo, um território alvo de disputa e exploração, e sua representação foi moldada para atender aos interesses dos Estados Nacionais. O artigo também analisa como a geografia e outras ciências ajudaram a construir essas percepções, reforçando uma visão colonial que justificava a dominação da região. Mesmo após séculos, a Amazônia continua a ser vista de forma estigmatizada, como uma terra virginal, rica, mas socialmente empobrecida, refletindo uma perspectiva eurocêntrica e de controle. O objetivo do estudo é entender como essas narrativas contribuíram para perpetuar a marginalização da Amazônia e de seus povos, mantendo um imaginário de primitivismo e exploração.</p> Leide Joice Pontes Portela Copyright (c) 2025 Leide Joice Pontes Portela https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 310 326 10.61636/bpg.v1i113.3387 Expediente e Sumário https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3801 Boletim Paulista de Geografia Copyright (c) 2025 Boletim Paulista de Geografia BPG https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 1 4 Um novo ciclo para o BPG https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3744 <p>É com orgulho e alegria que anunciamos a publicação do centésimo décimo terceiro número do Boletim Paulista de Geografia, celebrando os 76 anos de história deste que é um dos mais longevos periódicos da geografia brasileira. Esta edição marca o momento de transição para um novo ciclo do BPG, com a reformulação da identidade visual, política editorial e equipe editorial do periódico.</p> Thell Rodrigues Igor Alencar Copyright (c) 2025 Thell Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113 5 6 10.61636/bpg.v1i113.3744 Capa https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/3800 <p> </p> Thiago Prata Copyright (c) 2025 Thiago Prata https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-04-12 2025-04-12 1 113